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Outubro é um mês de festa no que a edições do Teatro Nacional D. Maria II diz respeito!

Durante este mês será lançado o livro Crítica do teatro, da utopia ao desencanto de Jean-Pierre Sarrazac, uma obra onde o autor contribui para o debate atual sobre a função do teatro, a sua dimensão cívica, o seu poder e a sua “necessidade”, Crítica do Teatro, da utopia ao desencanto de Jean-Pierre Sarrazac propõe aquilo a que poderíamos chamar “uma arqueologia da ideia de um teatro crítico”. Confrontando o “desencanto atual” frequentemente evocado no meio teatral com o carácter utópico do conceito de “teatro público” que emergiu no pós-guerra, Sarrazac circunscreve a ideia de um “teatro crítico”, procurando responder a algumas questões prementes: A prática de um teatro crítico poderá, hoje, conservar o seu valor transitivo de transformação ou, pelo contrário, estaremos na presença de uma ideia obsoleta e sem expressão nos palcos contemporâneos? De Brecht a Heiner Müller, de Vilar a Vitez, de Barthes a Dort, passando por Althusser ou Badiou, o autor traz para a reflexão contemporânea alguns dos fundamentos – mas também algumas das contradições – essenciais daquilo a que talvez pudéssemos chamar um novo teatro crítico – ou seja, um teatro que se reinventa no permanente jogo dos possíveis. Pode encontrar mais edições de Jean-Pierre Sarrazac na Livraria Online do Teatro.

Antes do mês de outubro terminar será lançado o segundo volume da obra de João Brites e do Teatro O Bando, mais propriamente Atriz e ator, volume II: Teatralidade e representação vivencial. Segundo as palavras dos autores "Nas origens do Teatro está a capacidade de inventar personagens materiais e imateriais, de arquitetar narrativas que lancem às personagens o desafio de se confrontarem com situações e dificuldades que terão de ultrapassar. As religiões roubaram ao Teatro as personagens imateriais. Reforçaram os arquétipos em que tinham de se basear para conseguirem inventariar normas de conduta partilháveis que apaziguassem as ansiedades das pessoas perante o mundo desconhecido e o medo da morte.
O Teatro ficou com as personagens materiais, representantes não dos deuses na terra, mas de seres humanos pulsionais, contraditórios, vulneráveis, que, apesar de perdidos nos seus percursos existenciais, procuram dar sentido às suas escolhas.
Aos artesãos pensadores do Teatro cabe o desígnio de ir compreendendo a sua função ao longo dos tempos, inventando as ferramentas, esclarecendo as noções que permitam executar a especificidade da sua Arte. Não se podem demitir da responsabilidade de serem capazes de transmitir as ideias, as experiências adquiridas, às gerações vindouras, dando continuidade à ancestralidade de uma profissão que perdura." Pode encontrar o primeiro volume desta obra aqui.

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