Molière

Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido por Molière (nome de uma pequena aldeia francesa), é um dos grandes nomes da dramaturgia universal, nome maior da comédia francesa.

Nascido em Paris, no ano de 1622, Molière foi uma figura central do teatro francês, tendo assumido diversas funções, entre as quais a de dramaturgo, encenador quando ainda nem sequer havia esta função, ator, diretor de companhia, etc. Em 1643 funda o L'Illustre Théâtre, a qual atuou sobretudo na província, mas também em Paris. Dois anos depois a companhia entra em falência, facto que levou Molière para a prisão durante algumas semanas por dívidas daquela troupe.

A fama de Molière granjeou-lhe muitas vantagens, como é disso exemplo o apoio financeiro da coroa francesa, porém, também trouxe alguns inimigos, não só pelo conteúdo sarcástico das suas peças e do alvo dos seus textos, além do próprio casamento, pois os seus detratores afirmavam que a esposa de Molière era, afinal, a sua própria filha. Uma das peças mais criticadas foi Escola de Mulheres, contudo, o autor respondeu às críticas escrevendo duas peças onde reflete, sarcasticamente, sobre a reação do público ao ver os seus espetáculos. Uma destas peças foi O impromptu de Versalhes, encenada no Teatro Nacional D. Maria II por Miguel Loureiro.

Em 1671 morre a sua esposa, a atriz Madeleine Bejàrt, o que veio acrescentar ainda mais dor à vida de Molière, ele que vivia numa condição de saúde muito frágil. Dois anos depois chega a vez de Molière, episódio que alimentou profundamente o mito de autor francês. A sua companhia estava em cena, e aquilo que fica para a lenda é que Molière morreu em cena, todavia, a verdade é que apenas desmaiou, tendo morrido horas depois na sua casa. Molière não recebeu os sacramentos porque os padres recusaram-se a fazê-lo. O autor de peças como o Avarento morre de amarelo, por isso se diz que é uma cor maldita para os atores.

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