Henrik Ibsen: dramaturgia moderna III

Henrik Ibsen é um dos autores mais importantes dos séculos XIX-XX, ao mesmo tempo que tem o nome inscrito na história do teatro pela dimensão da sua obra e pelo seu papel na fundação da dramaturgia moderna.

Nascido na Noruega em 1828 na cidade de Skien, Ibsen contribuiu sobremaneira para a modernização da dramaturgia, não só pelo caráter inovador dos seus trabalhos, mas sobretudo pela forma como abordou a família e a sociedade, levando para o teatro a ruína do casamento, a ascensão do poder da mulher, os problemas que corroíam as famílias, a crítica à moral da sua época e à ideia de propriedade privada, abordagens que causaram um escândalo ruidoso, uma vez que a sociedade norueguesa estava assentes nos pilares que Henrik Ibsen criticou.

A primeira infância de Ibsen foi marcada pelo conforto e pela abundância, pois o seu pai era um comerciante bem-sucedido, porém, quando tinha sete anos, a sorte do pai mudou de curso e a família foi obrigada a vender o negócio e o prédio onde vivia para se mudar para uma casa menor numa pequena cidade. Estes problemas económicos viriam a estar presentes nas suas obras, além de ter-se inspirado nos pais para escrever algumas das personagens mais marcantes das suas peças.

A importância de Ibsen reflete-se igualmente na forma como se tornou numa influência para dramaturgos posteriores, como são os casos de Eugene O’Neill, James Joyce ou Oscar Wilde.

Henrik Ibsen morreu a 23 de maio de 1906 na cidade de Kristiansand.

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