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O pessoal é político

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Maria Gil «Tenho medo de ir à Segurança Social - Maria Tenho medo que esteja qualquer coisa mal, que percam o meu processo e que me responsabilizem por isso, tenho medo de descobrir dívidas enormes que desconhecia porque algures, no meu passado, me esqueci do prazo, de entregar um papel ou de pagar qualquer coisa ou de fechar actividade ou outra coisa qualquer. Tenho medo de pagar muito dinheiro por causa de uma distração, por desconhecer como é que se fazia e de ouvir uma vozinha a dizer, “mas estava ali escrito, mas desde mil novecentos e tal que é assim, mas não leu o decreto de lei?!”. “Não, não li o decreto de lei”. Tenho medo de esperar infinitamente e de a pessoa que me atender não me respeitar, de me fazer sentir culpada, de me fazer sentir menos, de abusar do seu pequeno poder, de me atirar a com a sua bondade à cara porque consegue dar um jeitinho para eu ter uma fotocópia carimbada.» Miguel Bonneville «Desde muito novo fizeram-me compreender que o simples facto de eu existir pode ser ofensivo. Quando temos de justificar e, consequentemente, defender a nossa própria existência, tudo se torna político. Podemos escolher encobrir o que somos, quem somos, que ideias temos, com quem dormimos, mas há quem não tenha esse talento. Ou há quem escolha não o pôr em prática. A autobiografia é também uma forma de denúncia. Denunciar o estado paralisado, o choque pós-traumático de um país. Denunciar a afeição sociopática pelos valores ditatoriais, pelo medo da liberdade.» (190 páginas)

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